Desvenlafaxina e Enxaquecas: Pode Ajudar a Prevenir Ataques?

Desvenlafaxina e Enxaquecas: Pode Ajudar a Prevenir Ataques?
por Alfredo Barroso jun, 3 2023

O que é Desvenlafaxina e como funciona?

A Desvenlafaxina é um antidepressivo que pertence à classe dos inibidores seletivos de serotonina e noradrenalina (ISRSN). É frequentemente utilizada no tratamento de transtornos depressivos, ansiedade e outras condições emocionais. Funciona aumentando os níveis de serotonina e noradrenalina no cérebro, que são substâncias responsáveis pelo equilíbrio do humor e bem-estar mental.
O medicamento pode ser encontrado em diferentes dosagens e formatos, como comprimidos de liberação prolongada, e deve ser prescrito por um médico após avaliação cuidadosa das necessidades do paciente.

Enxaqueca: um problema comum e incapacitante

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça crônica e intensa, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A dor geralmente é sentida em um lado da cabeça e pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som. Além disso, as crises podem durar de algumas horas a vários dias, dependendo da intensidade e da resposta ao tratamento.
As causas da enxaqueca são variadas e ainda não totalmente compreendidas, mas acredita-se que esteja relacionada a fatores genéticos, hormonais, alimentares e do estilo de vida. Algumas pessoas têm maior predisposição para desenvolver enxaquecas, como mulheres e pessoas com histórico familiar da doença.

Desvenlafaxina como possível tratamento preventivo para enxaquecas

Estudos recentes têm investigado o uso de antidepressivos, como a Desvenlafaxina, no tratamento preventivo das enxaquecas. Acredita-se que o aumento dos níveis de serotonina e noradrenalina no cérebro possa atuar na prevenção das crises, reduzindo a frequência e a intensidade das dores de cabeça.
No entanto, ainda são necessários mais estudos para comprovar a eficácia da Desvenlafaxina como tratamento preventivo de enxaquecas e, até o momento, o medicamento não é aprovado para este fim em muitos países. Portanto, é importante consultar um médico antes de iniciar qualquer tratamento preventivo para a enxaqueca.

Outros tratamentos preventivos para enxaquecas

Além da Desvenlafaxina, existem outros medicamentos e terapias utilizados no tratamento preventivo das enxaquecas. Alguns exemplos incluem anticonvulsivantes, betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio e toxina botulínica (Botox).
Ademais, é importante considerar a adoção de mudanças no estilo de vida, como evitar alimentos desencadeantes, praticar exercícios físicos regularmente e manter uma rotina de sono adequada. Estas medidas podem contribuir significativamente para a redução da frequência e intensidade das crises de enxaqueca.

Efeitos colaterais e contraindicações da Desvenlafaxina

Como qualquer medicamento, a Desvenlafaxina pode causar efeitos colaterais e apresentar contraindicações. Os efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas, tonturas, insônia, sonolência, boca seca, constipação e aumento da pressão arterial. Em casos raros, pode ocorrer aumento do risco de pensamentos e comportamentos suicidas, especialmente em pacientes com idade inferior a 24 anos.
A Desvenlafaxina é contraindicada para pessoas com alergia a algum componente da fórmula, pacientes que utilizam inibidores da monoamina oxidase (IMAOs) e em casos de glaucoma de ângulo fechado. Além disso, o uso concomitante com outros medicamentos que afetam a serotonina pode aumentar o risco de síndrome serotoninérgica, uma condição potencialmente grave.

Conclusão: Desvenlafaxina e enxaquecas

Embora alguns estudos apontem para o potencial da Desvenlafaxina como tratamento preventivo de enxaquecas, ainda são necessárias mais pesquisas para comprovar sua eficácia e segurança neste contexto. Portanto, é fundamental que os pacientes consultem um médico antes de iniciar qualquer tratamento para enxaqueca, a fim de avaliar os benefícios e riscos envolvidos.
Além disso, é importante lembrar que a prevenção da enxaqueca envolve não apenas o uso de medicamentos, mas também a adoção de hábitos saudáveis e a identificação e o controle dos fatores desencadeantes das crises. Desta forma, é possível melhorar a qualidade de vida e reduzir o impacto das enxaquecas no dia a dia das pessoas afetadas.